16.3.09
Pinturas
Salut!!
Só neste país seria possível pensar que por causa do que está pintado num carro de policia, uma multa é ou não válida.
O importante, no país, que tem as estradas pior construídas, que tem condutores mais inconscientes, e onde todos os dias são apanhadas pessoas as conduzir sem carta de condução válida é, se no carro da policia está pintado um B, ou um U e um N, antes do T de Trãnsito.
E os carros descaracterizados? Também não podem passar multas?
E isto não é tema de conversa de café: é um tema levado ao parlamento, por deputados.
Só falta entupir os tribunais com esta dúvida.
Bye!!
15.3.09
Pai incompreensível
Não é a primeira vez que acontece.
Até mesmo por cá.
Mas continuamos a pensar que será a última.
Ontem, morreu um bebé de nove nove meses esquecido pelo pai, dentro do carro.
É incompreensivel uma sociedade, onde um pai se esquece do filho.
É incompreensivel.
E se algum dia for compreensível, então não estamos a melhorar, como comunidade.
NOTA - Lido no Rádio Clube, Sexta-feira, dia 13.
Bye!!
4 A.S. (2009 D.C.)
Quatro anos depois, temos um pais diferente?
Talvez...
Quatro anos depois, resolvemos alguns problemas?
Alguns...
Quatro anos depois, acreditamos mais em quem nos governa?
Nem por isso...
Uma governação de quatro anos, não pode ser inequívoca.
Se fosse, seria mau para a democracia.
Talvez o Primeiro Ministro ainda aproveite o Sol de Cabo Verde para fazer o seu balanço.
Mas escutados os da oposição, há razões para perguntar: porque é que a oposição não fez mais nestes quatro anos?
NOTA - Lido no Rádio Clube, Quinta-feira, dia 12.
Bye!!
Primeiro foi o Presidente da República a pôr o dedo na ferida.
"As leis em Portugal, não têm a qualidade exigível".
Ontem foi o Procurador Geral da República, em pleno Parlamento, a emendar pontuação, a constatar palavras que não existem, e dizer que ninguém entende diversas passagens na nova lei de combate à violência doméstica.
A situação começa a ser crítica.
Por um lado os deputados queixam-se de serem mal pagos.
Por outro, o trabalho que fazem não corresponde ao que lhes é exigido.
O caso de ontem, partiu do governo, o que faz agravar ainda mais as preocupações, porque há batalhões de equipas jurídicas a fazer estes textos que depois têm apenas de passar pelo crivo político.
Uma democracia, não são apenas leis.
Mas convém que as leis cumpram o seu papel.
Se as leis não forem respeitáveis, o estado também não o será.
E assim, chegamos a um problema de autoridade do estado posta em causa.
NOTA - Lido no Rádio Clube, Quarta-feira, dia 11.
Bye!!
10.3.09
Angola
O caso angolano é um caso interessante.
Potencialmente, há muitos anos que Angola tem uma economia muito mais forte que a portuguesa.
Mas quando essa supremacia não sobressaia por causa da guerra, a soberba angolana em relação ao investimento e ao estado português era notória, especialmente nas elites económicas de Luanda.
Hoje, com a economia angolana pujante, a liderar a organização dos exportadores de petróleo, e como uma posição de força em sectores chave da economia portuguesa, Angola, aproxima-se, e até o líder máximo aceita vir a Portugal de forma oficial.
A mudança de atitude, também neste caso, pode significar muita coisa.
Porque em Luanda, finalmente, percebeu-se que caminhar ao lado de Portugal, pode tornar mais fácil o crescimento angolano.
E Portugal, mesmo que agora pareça de certa forma colonizado, tem tudo a ganhar com esta verdadeira cooperação estratégica.
Bye!!
A guerra em casa
Não há maior acto de combardia do que a agressão ao mais frágil, na protecção do lar.
No sul da Europa, os números da violência doméstica são estupidamente dramáticos, e Portugal não é excepção.
Mas esta semana, no Rádio Clube, vamos tentar falar menos de números, e mais de pessoas.
Algumas dessas pessoas, já não estão cá para contar a sua história.
São as vitimas de uma guerra, talvez a mais brutal e violenta das guerras.
Uma guerra que acontece entre quatro paredes, e sem exércitos.
Esta semana, no Rádio Clube, vamos falar das vítimas de uma guerra que não tem razão para existir.
Lida, no Rádio Clube, Segunda-feira, dia 9.
Bye!!
6.3.09
Defesa da honra
Por momentos, temeu-se ontem no parlamento português, uma cena há moda de Taiwan.
Numa troca de argumentos sobre energias renováveis, um deputados insinuou que outro defenderia determinada politica por interesses pessoais.
A resposta foi dura.
Com insultos pessoais, e ameaças.
Quem se apercebeu ficou estupefacto, pelo inedetismo da cena.
Mas estavam todos os tão atentos ao debate, que nem o presidente do parlamento deu pelo incidente.
O caso é um mau sinal para o parlamento, e a generalidade dos deputados já admitiu isso mesmo.
Por isso, tudo ficaria bem melhor, se o protagonista, agisse em consequência.
No pais em que um ministro abandonou o cargo porque contou uma anedota inconveniente, o deputado exaltado deveria assumir o excesso e deixar o lugar a quem tenha mais calma.
Bye!!
5.3.09
Taxas
São sinais dos tempos.
Há um ano, as taxas de juro directoras disparavam para cima, e estrangulavam quem precisa de pedir dinheiros aos bancos.
As familias diziam que estavam sufocadas.
Hoje, o indicador chave para apurar o preço do dinheiro, na zona euro, vai baixar para níveis inéditos.
E se as familias, pelo menos por aqui estão mais desafogadas, já as empresas viram o crédito ficar mais inacessivel e mais caro, por causa do aumento das margens de lucro dos Bancos.
Ou seja, para a banca, mais do que as taxas directoras, há sempre boas razões para manter o dinheiro caro.
Mas aquilo que poderá ser hoje, mais interessante depois da reunião do Banco Central Europeu, é saber se os senhores do dinheiro, estão a preparar-se para a missão que lhes vai ser pedida, de mandar na banca, reforçando os poderes de supervisão.
Por isso, hoje ao almoço, esperam-se noticias quentes em Frankfurt.
Bye!!
O "auto-sismo"
Salut!!
Entre as várias mudanças que a actual crise pode provocar na sociedade, o culto do automóvel, pode ser um dos mais afectados.
Já ouviu falar do acumular de carros por vender, nas fábricas de todo o mundo.
As estatísticas das vendas confirmam isso mesmo.
Todos sabemos que no orçamento familiar, a casa e o carro, levam uma parte de leão.
E que o automóvel, ainda é um simbolo importante de autonomia social.
Todas as crises trazem consequências.
Para melhor ou para pior.
E neste caso, a perda de poder do automóvel na sociedade, pode ser positiva.
Pelo menos nas cidades, se for aproveitada pelos poderes públicos, para apostar em definitivo no transporte público de qualidade.
Era uma boa forma de gastar dinheiro dos impostos, mais do que mudar impostos sobre o sector automóvel.
NOTA - Lido no Rádio Clube, Quarta-feira, dia 4.
Bye!!
3.3.09
Estado falhado
Há hoje uma certeza.
A Guiné-Bissau, é o mais perigoso dos estados saídos do universo colónia Portuguesa.
Com um posicionamento estratégico importante, mas sem recursos naturais, só a agricultura e o turismo, e por isso, a tranquilidade podem gerar riqueza para os guineenses.
A história de três década de independência, e de golpes de estado frequentes no país, colocam a Guiné-Bissau na lista dos estados falhados, apeteciveis para poderes ocultos como os terroristas ou os traficantes de droga.
Portugal, França e Angola, têm extendido a mão, mas nada se resolve na Guiné.
As mortes de Nino Vieira e Tagme Na Waié, deixam pouca margem para soluções.
Se os guineenses, na Guiné ou no exterior não se capacitarem que têm um país para construir, à comunidade internacional, especialmente a africana, ou a lusófona, só restam duas soluções.
A desistência, com todos os riscos que isso acarreta, ou um regime de protectorado, envolvido numa desmilitarização total dos guineenses.
Bye!!
2.3.09
Estadistas
Salut!!
PS e PSD repartem desde 1976, os governos de Portugal.
Sozinhos, juntos, com a ajuda do CDS, sempre tiveram a última palavra, nas orientações económicas, sociais e politicas.
É bom pensar que os partidos evoluem, e que os integra, também.
Mas quem vamos ouvir hoje, está na raiz de tudo.
Mário Soares e Francisco Pinto Balsemão, governaram o país, e têm experiências politicas diversas, mas têm em comum, entre outras coisas o facto de terem fundado um partido, e de continuarem empenhados na construção de um país.
Por isso, é importa ouvi-los sobre o futuro, neste tempo de todas as interrogações.
Bye!!