14.8.06
O papagaio é mentiroso
Salut!!
Pode dizer-se que já trabalhei com ele. Mas não o conheço bem. Sei que é divertido, e de facto, é empolgante naquele tipo específico de reportagem.
Falo de Teixeira Correia. Ex-árbitro da 1ª categoria nacional, e repórter da Rádio Voz da Planície. Uma imagem para a história do ciclismo e da Volta a Portugal em Bicicleta, é um reporter franzino, a correr atrás de Vítor Gamito, numa chegada da Volta a Marvão. O ciclista passou a meta e continou a pedalar pelas ruas estreitas da vila alentejana, e Teixeira Correia correu sempre atrás dele, para conseguir as primeiras impressões do vencedor da etapa.
Hoje, no jornal O Jogo, Teixeira Correia, é eleito "O Cromo do Dia", e merece um espaço de quase meia página, onde conta alguns episódios da sua carreira no ciclismo. Diz, por exemplo que usava a Volta, para fazer a preparação física para a nova época de futebol.
Mas o que me deixou atónito, foi a confissão do repórter, de que inventava entrevistas.
"(...)pôs um italiano a falar em directo, porque o verdadeiro alvo da reportagem já tinha fugido: Na chegada à Sr.ª da Graça, em 1994, quando ganhou o Felice Puttini, fiquei preso lá em cima e não o pude apanhar. Meia hora depois do final da etapa, chegou um ciclista italiano bastante atrasado. Expliquei-lhe o que precisava e falou ele. Ninguém deu pela diferença, conta, divertido. Noutra vez, deixei fugir um espanhol. Então fiz a pergunta em português e respondi eu em espanhol."
Teixeira Correia é jornalista. Tem a carteira profissional número 2846. E portanto, está obrigado a respeitar este código, especialmente este nº1: "O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. (...)"
O que Teixeira Correia fez, foi enganar os ouvintes, que agora, podem deixar de acreditar no que ele está a fazer. Mas pior ainda, levantou a dúvida sobre todos os reporteres de rádio: será verdade que eles estão mesmo a fazer aquilo que dizem, ou é só espectáculo?...
Já agora, como árbitro, usava as mesmas técnicas?
Uma nota de rodapé: Teixeira Correia diz que Fernando Emílio foi o mestre dele no mundo da rádio. Conheço melhor o Emílio que o Teixeira Correia, e não me parece que tenha sido com ele, que Teixeira Correia aprendeu a mentir nas reportagens.
Bye!!
Pode dizer-se que já trabalhei com ele. Mas não o conheço bem. Sei que é divertido, e de facto, é empolgante naquele tipo específico de reportagem.
Falo de Teixeira Correia. Ex-árbitro da 1ª categoria nacional, e repórter da Rádio Voz da Planície. Uma imagem para a história do ciclismo e da Volta a Portugal em Bicicleta, é um reporter franzino, a correr atrás de Vítor Gamito, numa chegada da Volta a Marvão. O ciclista passou a meta e continou a pedalar pelas ruas estreitas da vila alentejana, e Teixeira Correia correu sempre atrás dele, para conseguir as primeiras impressões do vencedor da etapa.
Hoje, no jornal O Jogo, Teixeira Correia, é eleito "O Cromo do Dia", e merece um espaço de quase meia página, onde conta alguns episódios da sua carreira no ciclismo. Diz, por exemplo que usava a Volta, para fazer a preparação física para a nova época de futebol.
Mas o que me deixou atónito, foi a confissão do repórter, de que inventava entrevistas.
"(...)pôs um italiano a falar em directo, porque o verdadeiro alvo da reportagem já tinha fugido: Na chegada à Sr.ª da Graça, em 1994, quando ganhou o Felice Puttini, fiquei preso lá em cima e não o pude apanhar. Meia hora depois do final da etapa, chegou um ciclista italiano bastante atrasado. Expliquei-lhe o que precisava e falou ele. Ninguém deu pela diferença, conta, divertido. Noutra vez, deixei fugir um espanhol. Então fiz a pergunta em português e respondi eu em espanhol."
Teixeira Correia é jornalista. Tem a carteira profissional número 2846. E portanto, está obrigado a respeitar este código, especialmente este nº1: "O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. (...)"
O que Teixeira Correia fez, foi enganar os ouvintes, que agora, podem deixar de acreditar no que ele está a fazer. Mas pior ainda, levantou a dúvida sobre todos os reporteres de rádio: será verdade que eles estão mesmo a fazer aquilo que dizem, ou é só espectáculo?...
Já agora, como árbitro, usava as mesmas técnicas?
Uma nota de rodapé: Teixeira Correia diz que Fernando Emílio foi o mestre dele no mundo da rádio. Conheço melhor o Emílio que o Teixeira Correia, e não me parece que tenha sido com ele, que Teixeira Correia aprendeu a mentir nas reportagens.
Bye!!