2.9.11

 

22 anos



Há um ano, exactamente, regressei à TSF, depois de ser dispensado por ser pouco polivalente, da empresa onde durante mais tempo fiz/exerci/pratiquei/senti a rádio. A mesma empresa onde apreendi a ouvir rádio.

Há onze anos, exactamente, entrei na TSF, a rádio que me fez ser jornalista, e onde apreendi, quase tudo o que sei sobre a matéria, só por ouvir.

Há 22 anos, comecei a ser jornalista profissional, numa vivenda no Cacém. Sobre a vida que queria, sabia pouco. Mas sabia que devia começar por ali.

Em 22 anos, vi cairem e erguerem-se muros, afundarem-se ideologias, derrubarem-se torres, justificarem-se guerras, chacinarem-se povos, vi nascer o terrorismo global, crescer a insegurança no mundo e na rua, nascerem e morrerem ídolos, nascerem e morrerem países.

Em 22 anos não apareceram as curas das doenças incuráveis, mais ou menos prolongadas, nem um horizonte para Portugal, nem o Sol a brilhar para todos nós.

Portanto, há que continuar.







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