27.11.06
Notas de Espanha
Salut!!
Sexta e Sábado, houve Cimeira Ibérica. Ora, estando eu no outro extremo da península, achei por bem perceber o que em Barcelona, se dizia sobre a Cimeira. Vai dai comprei, dois jornais.
O El Periódico nem uma referência tinha à cimeira. O El País, trazia meia página, de profundo desprezo, lembrando que eram quase uma dezena de ministros de cada lado mas não se esperavam avanços em nenhum dos grandes dossiês.
Já na Sexta-feira, as televisões espanholas só falavam da presença de Zapatero em Badajoz, por causa da vaia monumental com que foi recebido, a propósito de uma refinaria que vai ser construída na zona.
No Domingo, enquanto por cá se falava de energia, em Espanha, o tema da cimeira era um comité de defesa, semelhante ao assinado entre Espanha e França. Os espanhois ensaiam uma liderança, militar do Mediterrâneo, eventualmente para liderar um processo em relação ao Médio Oriente, e para reforçar o pulso, em relação à imigração. E aqui, a ajuda portuguesa, pode ser preciosa, por causa da frente atlântica.
De resto, marcas portuguesas em Barcelona, este fim de semana, só mesmo as camisolas do Cristiano Ronaldo, da selecção, nas lojas de recuerdos, os discos de Mísia e Mariza, nas discotecas (e a publicidade ao DVD da Mariza, no Babélia, o suplemento literário do El País - já agora, também um anúncia da exposição de Amadeu, da Gulbenkian), e o regular artigo de Lobo Antunes, no El Pais.
Ah!! Então o que é que deu a Cimeira?
Bye!!
A caixa
Salut!!
Não iria tão longe nas palavras como vai a Paula Sá, mas concordo genericamente com a tese.
E se concordo com o governo em relação ao fim das caixas, não poderia deixar de concordar com o fim da "minha" caixa. Por uma questão de coerência.
Só que estarei mais atento aos serviços de saúde. Porque eu pago para ter a saúde que o Estado me devia garantir. Pago um serviço de saúde que me custa 15 euros por mês, porque é a única forma de ter médico quando preciso. Se as caixas estão a acabar, significa que as poupanças alcançadas vão permitir tornar eficiente o serviço de saúde generalista que neste momento não o é (O serviço de saúde generalista não tem médico para mim. Há dois anos.).
E já agora, mais uma pergunta: Quem é que está a ser prejudicado pela existência da Caixa de Previdência e Abono dos Jornalistas? Porque uma coisa é existirem caixas financiadas pelo orçamento de estado, para benefício de quem para elas não contribui (os militares, p. ex.). Outra coisa, muito diferente, é uma caixa autofinanciada por uma classe profissional.
Mas mesmo assim, quem acabem os benefícios para todos. E que venha esse país melhor, graças ao fim das caixas dos jornalistas, e dos outros.
Bye!!
Post Scriptum - Entretanto, percebi que fui ao encontro de algo que o João Pedro Henriques tinha escrito. Ainda bem.
Não iria tão longe nas palavras como vai a Paula Sá, mas concordo genericamente com a tese.
E se concordo com o governo em relação ao fim das caixas, não poderia deixar de concordar com o fim da "minha" caixa. Por uma questão de coerência.
Só que estarei mais atento aos serviços de saúde. Porque eu pago para ter a saúde que o Estado me devia garantir. Pago um serviço de saúde que me custa 15 euros por mês, porque é a única forma de ter médico quando preciso. Se as caixas estão a acabar, significa que as poupanças alcançadas vão permitir tornar eficiente o serviço de saúde generalista que neste momento não o é (O serviço de saúde generalista não tem médico para mim. Há dois anos.).
E já agora, mais uma pergunta: Quem é que está a ser prejudicado pela existência da Caixa de Previdência e Abono dos Jornalistas? Porque uma coisa é existirem caixas financiadas pelo orçamento de estado, para benefício de quem para elas não contribui (os militares, p. ex.). Outra coisa, muito diferente, é uma caixa autofinanciada por uma classe profissional.
Mas mesmo assim, quem acabem os benefícios para todos. E que venha esse país melhor, graças ao fim das caixas dos jornalistas, e dos outros.
Bye!!
Post Scriptum - Entretanto, percebi que fui ao encontro de algo que o João Pedro Henriques tinha escrito. Ainda bem.
Las Ramblas
Salut!!
Confesso que nunca liguei muito às famosas movidas de Espanha. Eis senão quando, sou apanhado no meio da movida de Barcelona, em plenas Ramblas.
Não é possivel descrever o que se sente ao percorrer uma avenida apinhada de gente, a olhar para quiosques com pássaros, peixes, tartarugas, caimões, flores e plantas de todo o género.
E depois a imensidão de performers, pintores e desenhadores (e até cantores...).
Las Ramblas, e tudo o resto fizeram-me mudar uma opinião que mantinha há quatro anos: Barcelona ultrapassou Milão no topo da lista das minhas cidades preferidas.
E o que eu sonhei com esta visita a Barcelona...
Bye!!
Confesso que nunca liguei muito às famosas movidas de Espanha. Eis senão quando, sou apanhado no meio da movida de Barcelona, em plenas Ramblas.
Não é possivel descrever o que se sente ao percorrer uma avenida apinhada de gente, a olhar para quiosques com pássaros, peixes, tartarugas, caimões, flores e plantas de todo o género.
E depois a imensidão de performers, pintores e desenhadores (e até cantores...).
Las Ramblas, e tudo o resto fizeram-me mudar uma opinião que mantinha há quatro anos: Barcelona ultrapassou Milão no topo da lista das minhas cidades preferidas.
E o que eu sonhei com esta visita a Barcelona...
Bye!!
O fim aproxima-se para alguém
Salut!!
Eles não apreendem com os erros. Primeiro, foi um Pinho a dizer que a crise acabou,para poucas horas depois dizer que era uma forma de expressão.
Agora, vem um Correia anunciar o fim do mau tempo.
Mas eles não sabem que só devem ser afirmativos sobre aquilo que controlam?
Bye!!
23.11.06
França feminina
Salut!!
Em Maio, em França, todos os votos vão contar.
E por isso, quando é Nicolas Sarcozy a definir o calendário da escolha da direita, é significativo que a única mulher presidenciável naquela familia politica, a ministra da defesa Michelle Alliot-Marie tenha sido já controlada.
Vai organizar as primárias da direita, o que por si só quer dizer que é menos uma na corrida interna com Sarcozy.
Sobram Villepin, e quem sabe, Chirac.
Este anular da concorrência, permite a Sarcozy sonhar, porque se houver luta (interna, entenda-se), é Segolene "high heels" Royal quem observa sorridente.
Já agora, curiosa a análise sobre a forma de tratamento de uma candidata presidencial na imprensa francesa. O debate está em saber se a imprensa ao relevar o facto de a candidata ser uma mulher, não trará por si só, como efeito de arrasto, uma dose de simpatia adicional.
E confesso já aqui: a eleição presidencial francesa será provavelmente, o acontecimento internacional mais interessante do próximo ano.
Bye!!
22.11.06
A rádio faz anos
Salut!!
Durante estes últimos dias li algumas coisas que não gostei.
A propósito do aniversário do RCP.
Parece-me forçado usar o termo "abuso", para qualificar este aniversários.
Em rigor, o Rádio Clube Português, do clâ Botelho Moniz, não foi foi nacionalizado em 1974 (não houve nacionalizações em 1974!). A ausência do Rádio Clube, no espectro foi de 20 anos, já quem em 1995 (ou terá sido 94?) a família Botelho Moniz comprou a Rádio Geste, e fez renascer os RCP, com o mesmo logo, e até com o Em Orbita, de Jorges Alves. Passando por algumas dificuldades financeiras, e nas mãos de outro elemento da família Botelho Moniz, o RCP aliou-se à Rádio Nova (Porto), do grupo Sonae, e durante três anos, transmitiu uma Emissão chamada Rádio Nova/RCP, que incluia um desdobramento local de emissão para o Porto e Lisboa, durante a tarde.
O projecto fechou em 1999, e a frequência local de Lisboa foi vendida à Media Capital.
A mesma Media Capital, já liderada por Pedro Tojal, negociou os direitos de imagem e de marca do RCP, para transformar a Rádio Nostalgia, numa marca que dava cor ao logo RCP, exibindo a legenda "desde 1931". Isto aconteceu em 2003.
Ou seja, a marca RCP, está legalmente em actividade, por várias vidas, durante mais de 50 anos.
E não é errado dizer que o Rádio Clube Português nasceu em 1931. Ou seja, há 75 anos.
Acredite-se ou não na renascença... das entidades.
Em rigor, o Rádio Clube Português, do clâ Botelho Moniz, não foi foi nacionalizado em 1974 (não houve nacionalizações em 1974!). A ausência do Rádio Clube, no espectro foi de 20 anos, já quem em 1995 (ou terá sido 94?) a família Botelho Moniz comprou a Rádio Geste, e fez renascer os RCP, com o mesmo logo, e até com o Em Orbita, de Jorges Alves. Passando por algumas dificuldades financeiras, e nas mãos de outro elemento da família Botelho Moniz, o RCP aliou-se à Rádio Nova (Porto), do grupo Sonae, e durante três anos, transmitiu uma Emissão chamada Rádio Nova/RCP, que incluia um desdobramento local de emissão para o Porto e Lisboa, durante a tarde.
O projecto fechou em 1999, e a frequência local de Lisboa foi vendida à Media Capital.
A mesma Media Capital, já liderada por Pedro Tojal, negociou os direitos de imagem e de marca do RCP, para transformar a Rádio Nostalgia, numa marca que dava cor ao logo RCP, exibindo a legenda "desde 1931". Isto aconteceu em 2003.
Ou seja, a marca RCP, está legalmente em actividade, por várias vidas, durante mais de 50 anos.
E não é errado dizer que o Rádio Clube Português nasceu em 1931. Ou seja, há 75 anos.
Acredite-se ou não na renascença... das entidades.
E ainda outra coisa: não há noticia no facto da plástica da rádio usar RCP, Rádio Clube Português ou Rádio Clube. Desde há muito tempo que o Rádio Clube é o Rádio Clube Português. Parece-me que há muita gente distraída. E eu nunca ouvi o Rádio Clube, até 1995!
Bye!!
15.11.06
Garcia
Salut!!
Quem tiver a carta para entregar a a Garcia, saiba que deve ser em Espanha, que a entrega é feita.
A imprensa espanhola fala hoje de um estudo do Instituto de Estatística, que contabiliza em mais de 7 milhões os espanhois que tem Garcia no nome.
Bye!!
Quem tiver a carta para entregar a a Garcia, saiba que deve ser em Espanha, que a entrega é feita.
A imprensa espanhola fala hoje de um estudo do Instituto de Estatística, que contabiliza em mais de 7 milhões os espanhois que tem Garcia no nome.
Bye!!
12.11.06
Trabalhar na rádio...
Salut!!
Uma referência do Jorge Guimarães Silva à tabela salarial dos jornalistas de rádio fez-me descobrir um dado interessante.
O acordo abrange todos os jornalistas que trabalham para rádios associadas da APR.
O que quer dizer 340 (mal) assalariados de 220 (pobres) entidades empregadoras.
É tão assustador, que olhar para a tabela de mínimos salariais a praticar, até deixa de fazer sentido.
Bye!!
11.11.06
PodSena II
Salut!!
Boa síntese de Ana Machado no Público.
Mas acrescentaria uma correção ao que diz Luis Osório: Sena Santos é a grande figura da informação radiofónica dos últimos 20 anos.
E a única que tem índices de percepção imediata do público.
Porque devemos ser realistas: ninguém liga ao homem ou mulher do noticiário...
Bye!!
Boa síntese de Ana Machado no Público.
Mas acrescentaria uma correção ao que diz Luis Osório: Sena Santos é a grande figura da informação radiofónica dos últimos 20 anos.
E a única que tem índices de percepção imediata do público.
Porque devemos ser realistas: ninguém liga ao homem ou mulher do noticiário...
Bye!!
7.11.06
A grande ilusão
Salut!!
Certos dias parecem próximos da perfeição.
Parece que podemos tocar no pote de ouro.
Mas não.
É tudo uma grande ilusão.
De óptica.
Bye!!
Certos dias parecem próximos da perfeição.
Parece que podemos tocar no pote de ouro.
Mas não.
É tudo uma grande ilusão.
De óptica.
Bye!!
4.11.06
PodSena
Salut!!
Na primeira aula de jornalismo, onde se falou de rádio, a professora Dulce, antiga jornalista de O Diário, mencionou o nome de Francisco Sena Santos. Era, segundo ela, uma referência.
Foi com as noticias lidas, ditas, apresentadas por Francisco Sena Santos que aprendi a fazer rádio. De ouvido.
Nunca o conheci pessoalmente, mas ouvi-lo foi sempre uma inspiração.
Como está a ser agora, outra vez.
No podcast criado esta semana.
Acho que ouvi-lo deu-me coragem para mais uma vez seguir as suas pisadas.
Bye!!
Na primeira aula de jornalismo, onde se falou de rádio, a professora Dulce, antiga jornalista de O Diário, mencionou o nome de Francisco Sena Santos. Era, segundo ela, uma referência.
Foi com as noticias lidas, ditas, apresentadas por Francisco Sena Santos que aprendi a fazer rádio. De ouvido.
Nunca o conheci pessoalmente, mas ouvi-lo foi sempre uma inspiração.
Como está a ser agora, outra vez.
No podcast criado esta semana.
Acho que ouvi-lo deu-me coragem para mais uma vez seguir as suas pisadas.
Bye!!
3.11.06
É proibido divorciar...
Salut!!
Extraordinária noticia do grande jornalista Luis Filipe Sebastião. Está hoje, no Público, e em traços gerais conta-nos que a partir de 7 de Novembro é possivel voltar a apresentar pedidos de divórcio na Conservatória do Registo Civil de Sintra. É que há três meses que tal deixou de ser possível, devido à reforma do anterior conservador.
Conta o Público, que o que aí vem, são processos sujeitos a demora porque há pouca gente na conservatória para fazer muito trabalha.
Não está lá escrito, mas depreende-se que o novo conservador está a pedir intimamente, para que todos os casais de Sintra se dêem bem.
Apesar do Público estar a perder qualidade, especialmente em algumas secções de referência como a Política e a Cultura, há nomes que para mim são essenciais no jornal que vi (lí) nascer. Para além de Luis Filipe Sebastião, não me canso de ler Ricardo Dias Felner, Tânia Laranjo e José António Cerejo, só para referir alguns. Por razões diversas, é certo. Nuns, encontro uma credibilidade, que aos poucos desaparece noutros sítios e escribas. Noutros, sinto o conforto da escrita.
Bye!!
Extraordinária noticia do grande jornalista Luis Filipe Sebastião. Está hoje, no Público, e em traços gerais conta-nos que a partir de 7 de Novembro é possivel voltar a apresentar pedidos de divórcio na Conservatória do Registo Civil de Sintra. É que há três meses que tal deixou de ser possível, devido à reforma do anterior conservador.
Conta o Público, que o que aí vem, são processos sujeitos a demora porque há pouca gente na conservatória para fazer muito trabalha.
Não está lá escrito, mas depreende-se que o novo conservador está a pedir intimamente, para que todos os casais de Sintra se dêem bem.
Apesar do Público estar a perder qualidade, especialmente em algumas secções de referência como a Política e a Cultura, há nomes que para mim são essenciais no jornal que vi (lí) nascer. Para além de Luis Filipe Sebastião, não me canso de ler Ricardo Dias Felner, Tânia Laranjo e José António Cerejo, só para referir alguns. Por razões diversas, é certo. Nuns, encontro uma credibilidade, que aos poucos desaparece noutros sítios e escribas. Noutros, sinto o conforto da escrita.
Bye!!
2.11.06
Viajar
Salut!!
Em poucas horas vivi esta semana experiências únicas.
A mais importante foi ver o Oceano Índico, com os meus próprios olhos. Aos 35 anos, só conhecia um Oceano. O Atlântico. Vasco da Gama, com 28 anos, conheceu o Índico e a Índia. Há mais de 500 anos.
Na viagem desta semana, pisei três países: Moçambique, Camarões e Chade. Nos três casos (apesar de não ter saído dos aeroportos de N'Djamena (Chade) e Iaundé (Camarões)), posso confirmar uma sensação estranha. Voltar de África é dar mais valor ao que temos. Já tinha sentido isso, quando voltei de Angola.
África é diferente de tudo o resto. E mais do que pobreza, a imagem que retenho é de insucesso. Porque é que os africanos não conseguem ter sucesso, se têm mais riquezas, mais espaço, mais gente?
Bye!!
Em poucas horas vivi esta semana experiências únicas.
A mais importante foi ver o Oceano Índico, com os meus próprios olhos. Aos 35 anos, só conhecia um Oceano. O Atlântico. Vasco da Gama, com 28 anos, conheceu o Índico e a Índia. Há mais de 500 anos.
Na viagem desta semana, pisei três países: Moçambique, Camarões e Chade. Nos três casos (apesar de não ter saído dos aeroportos de N'Djamena (Chade) e Iaundé (Camarões)), posso confirmar uma sensação estranha. Voltar de África é dar mais valor ao que temos. Já tinha sentido isso, quando voltei de Angola.
África é diferente de tudo o resto. E mais do que pobreza, a imagem que retenho é de insucesso. Porque é que os africanos não conseguem ter sucesso, se têm mais riquezas, mais espaço, mais gente?
Bye!!
